Por Que Sempre Me Envolvo com Quem Me Faz Mal? — A Repetição Inconsciente nas Escolhas Amorosas
Você jura que será diferente. Diz que vai se priorizar. Mas quando menos espera, está ali: mais uma vez envolvida com alguém que te diminui, te confunde, te fere — mesmo sem bater. Você se pergunta: “Por que eu me coloco nessas relações?” A resposta nem sempre está no outro. Às vezes, ela mora em um lugar mais profundo: na forma como você aprendeu a desejar . Repetimos para reencontrar o que faltou Na psicanálise, entendemos que o amor que buscamos nem sempre é o que precisamos, mas o que conhecemos. Se alguém cresceu acreditando que amor era ausência, indiferença ou instabilidade, é provável que deseje — inconscientemente — esse mesmo padrão. Não por escolha racional, mas por estrutura subjetiva. “A dor pode ser um laço, quando o amor nunca foi.” O que se repete não é só o outro — é a posição subjetiva que ocupamos na relação: a que sofre, a que espera, a que se culpa. O retorno do mesmo A repetição, para Lacan, não é uma simples recaída. É a tentativa de simbo...