- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Atendimento psicológico acessível e acolhedor
Sessões online com base na psicanálise
Atendo via mensagens e Chamada de vídeo
Escuta empática, sigilo e flexibilidade para cuidar da sua saúde mental com tranquilidade.
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
O que é o "Outro" na psicanálise lacaniana?
O "Outro" (com O maiúsculo) é uma estrutura fundamental que organiza a experiência subjetiva. Ele não é simplesmente outra pessoa, mas um lugar simbólico que existe antes mesmo do sujeito.
De forma simples:
O "Outro" é o lugar onde a linguagem e as leis da cultura já existem antes de nós nascermos. Ele é o conjunto das normas, significados, expectativas e palavras que estruturam a maneira como nos reconhecemos e nos expressamos.
Como o "Outro" aparece na vida do sujeito?
Desde o nascimento, somos atravessados pela linguagem — que não criamos, mas que está aí, no "Outro". O bebê, por exemplo, só se entende como alguém porque os outros o chamam pelo nome, falam dele, esperam coisas dele. O desejo dos outros é o que o coloca em cena.
Assim, o "Outro" é:
✔️ O lugar da linguagem;
✔️ O lugar da lei;
✔️ O lugar do desejo que nos constitui;
✔️ O lugar do saber que nos ultrapassa.
O "Outro" não é uma pessoa?
Exato! O "Outro" não é uma pessoa concreta, mas um lugar estruturante. Por exemplo:
-
A mãe ou o pai podem ser os primeiros representantes desse "Outro", mas não o esgotam.
-
A língua que falamos, as normas sociais e o modo como nos relacionamos com os outros vêm desse "Outro".
Por isso, escreve-se "Outro" com maiúscula: para distinguir esse lugar estrutural das outras pessoas comuns ("outros", com minúscula).
O que o "Outro" faz?
O "Outro":
-
Nos dá as palavras com as quais nos pensamos.
-
Nos dá um lugar: somos inseridos num mundo com regras e expectativas.
-
Nos deseja ou, melhor, tem desejos que nos afetam (o bebê sente que é desejado, ou não, pelo Outro).
-
Nos falta: o Outro também é incompleto, e isso tem consequências enormes para a constituição do sujeito.
O "Outro" e o desejo
“O desejo do homem é o desejo do Outro.” Lacan.
Isso quer dizer que nosso desejo não nasce espontaneamente: ele é moldado pelo desejo que percebemos vindo do Outro. Desde cedo, tentamos adivinhar:
-
O que o Outro quer de mim?
-
O que eu sou para o Outro?
-
Como posso ser amado ou reconhecido pelo Outro?
Esse movimento de tentar decifrar o desejo do Outro nos constitui como sujeitos.
O "Outro" como lugar da lei e da castração
O "Outro" é também onde está a lei — as proibições fundamentais (como o incesto), os limites sociais, as normas. Por exemplo:
-
O pai, como função simbólica, representa a interdição que vem do Outro: “Não pode tudo!”.
-
Isso é essencial para o sujeito entrar na cultura e se separar da mãe, constituindo sua própria identidade.
Essa separação se dá pela castração simbólica, mediada pelo Outro.
O Outro é estruturante e estruturado
Resumindo:
-
O sujeito só existe porque há o Outro — com sua linguagem, leis e desejos.
-
O Outro, por sua vez, não é um ser completo e absoluto: também é marcado pela falta.
Essa falta é o que abre a possibilidade do desejo e mantém o sujeito em movimento, sempre tentando preencher algo, sempre buscando um lugar no desejo do Outro.
"Pronto para cuidar da sua saúde emocional? Marque sua consulta e comece sua jornada de autoconhecimento."
Leia nosso post sobre o Gozo: https://www.pauloriospsi.com.br/2025/06/o-gozo-e-o-gozar-na-psicanalise.html
Leia nosso post sobre o Inconsciente: https://www.pauloriospsi.com.br/2025/06/o-inconsciente-e-estruturado-como.html
Comentários
Postar um comentário